<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d31896494\x26blogName\x3dO+Murm%C3%BArio+das+Ondas\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://luisgrodrigues.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://luisgrodrigues.blogspot.com/\x26vt\x3d6077318278056400174', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

quinta-feira, agosto 27, 2009

Porque sempre só


A tua voz encerra o quintal com oliveiras de prata nas noites de luar e os recantos negros dos currais onde ele (que morreu um ano e dois dias depois de eu nascer) escondia o azeite durante a Guerra. A tua voz é o eco de um terço murmurado antes de adormecer (nunca concluído). E tem a suavidade dos cabelos brancos da minha avó. Perde-se entre as linhas cruzadas dos telefonemas do meu pai tão longe. A tua voz tem ecos dos meus passos a caminho da escola e o toque macio de um beijo proibido. Desenha o Alentejo e os corpos presos entre si, envoltos no vento quente da planície. Cheira ao mar de Porto Côvo. A tua voz explode e desvanece-se caindo sobre mim. Como ténue caliça de solidão.


Air - Bach