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Tenho uma casa a Sul da solidão onde me deito e sou só meu. O chão é de tábuas de papel, escrito pelos passos que o marcaram e desenhado pelos corpos que aí se entregam. É nesse chão onde me deito e amo e sou. Um chão onde quem passa nunca fica. Todas as manhãs toco com a mão o rosto onde grita o azeviche da barba que me rasga a carne. Apanho as garrafas de melancolia e os versos desenhados a sonho que deixaste antes de partires. Os que leio todas as noites entre tragos de passado. E saio.
(fotografia: Stanley Kubrick)
2 murmúrios:
Vou murmurar a minha admiração pela tua escrita... Lindíssima forma de expressão!
Um beijo
Bonito texto!
Beijinho
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