Do som metálico que se propaga na carne
O teu corpo e o meu. O ardor desta noite misturado com o calor da praia que nos consome a carne. E os teus beijos que me rasgam a boca. Lá fora estouram foguetes e a multidão contorce-se e agita-se numa loucura de feira. Cá dentro dois corpos. A nudez e a descoberta. O trepidar dos tambores e o som metálico de cornetas e trompetes. O primeiro compasso, o canto desafinado e por fim a marcha. O som de um batalhão a descer a rua. E o nosso compasso. O movimento da carne pungente. A inconsciência e a oblação dos corpos. E a música que entra pela janela com um cheiro a Tejo e perdição.
(fotografia por Luís Rodrigues)
2 murmúrios:
Esta época do ano costuma ser para ti de "renascimento".
Aproveita-o, ao som de música ou ao simples som dos beijos.
Abraço.
Simplesmente divinal...
E como eu gosto desse cheiro a Tejo que todos os dias me diz bom dia ao acordar. Amo Lisboa, e o Tejo...e os cheiros dos Bairros Lisboetas.
Um beijo doce.
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