Assim, à francesa
Saio de casa e passo pelo café perto da estação. Entre o sabor forte do café e o doce do pastel de nata vou aguardando a chegada do comboio. Aproxima-se a hora e como há muito deixei de questionar a pontualidade da CP apresso o passo para a estação, com o pensamento atropelado pelo bulício das decisões a tomar. Entro no comboio e sento-me com um livro aberto nas mãos. Para trás ficam o café, a rua e os passantes. Fica a casa vazia com a porta fechada. E a cama lambida por um feixe de luz que, como eu, procura o teu corpo e não o encontra.
(fotografia por Lina Scheynius)
5 murmúrios:
Por vezes, a solidão também cansa...
Abraço.
Sempre bonitos os teus textos!
Este tem aquele sabor indefinido entre uma partida esperada e um secreto desejo de ficar.
Um beijo
É a solidão que quase sempre nos devolve a medida exacta do amor. É por isso que nunca me desencontro dela: para saber o tamanho da entrega que dedico.
Um abraço grande, Luís.
Nas ondas do meu mar encontrei o teu murmúrio e gostei de te ler.
bjo
Hum...como eu entendo estas tuas palavras. Passa no meu blog e verás o que te digo.
Chega a ser curioso...
Um beijo doce :)
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