se seco se morto sem ti
O meu corpo está vazio no seu interior. É oco e coberto com uma película de folha seca que se vai rachando e estalando ao menor toque. Dentro de mim cabem mil desertos, miragens, areias espalhadas por ventos agrestes. Dentro de mim sou estéril, árido, seco. Saberão os homens alguma vez como morri por dentro?
(Walter Ufer, "Desert Mountain")
3 murmúrios:
O teu feitio, vai fazer-te encontrar oásis, embora de início, não passem de miragens.
É das coisas que mais custa, é ter a boca seca...
Um grande abraço.
Mesmo meia ausente aqui venho sempre que posso para te ler.
Um bom ano para ti.
Bj
Também, Luís, também sequei e também em mim as folhas secas ruidosamente se desfaziam num eco vazio. Além Tejo vestiu-se de solidão, disseste-o na altura... olha agora os campos rasos da minha terra e encontrar-me-ás no viço das plantas que ressuscitam após o incêndio. Quero também encontrar-te, meu amigo. Na tua palavra exacta e plena. Levará tempo, talvez, mas quero dizer-te que é possível.
Um abraço desmedido. Solidário. Amigo.
Alguma coisa, o mail estáno meu perfil do blogger.
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