<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d31896494\x26blogName\x3dO+Murm%C3%BArio+das+Ondas\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://luisgrodrigues.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://luisgrodrigues.blogspot.com/\x26vt\x3d6077318278056400174', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

quarta-feira, dezembro 17, 2008

(in)diferente


Se tu soubesses como o céu carregado de medos cinzentos se desfaz contra os vidros da janela do gabinete, escorrendo em gotas de miséria e desespero. Como as folhas se multiplicam nas pastas e o volume de cada processo parece rebentar de apensos. As letras de cada palavra atropelam-se sem sentido e correm confusas fugindo ao meu olhar e a estas mãos que as tentam agarrar num último impulso. Os almoços são insípidos e os talheres tocam nos pratos dobrando a finados. O cabelo e o sobretudo fundem-se numa poça negra ensopada por tantas chuvas, o passeio estende-se sem fim, os ombros dos outros empurram-me indiferentes. Os teus beijos são beliscões neste cadáver. Cai a noite. Abraça-me, disse o rapaz-homem-velho.


(fotografia: "O medo", por Rui Vale de Sousa)

4 murmúrios:

Blogger João Roque murmurou...

O medo é como a crise, anda por aí; não vemos, mas senti-mo-lo.

2:32 da tarde  
Blogger Ana Prado murmurou...

"...e os talheres tocam nos pratos dobrando a finados." Magnífico, Luís. Magnífico.
Só se lamenta se houver, por detrás de um texto destes, o sofrimento que escorre das suas linhas...
Um abraço, amigo. E os dias, não esqueças, estão cheios de azul.

11:12 da manhã  
Blogger Maria P. murmurou...

Não se pode ser indiferente à tua escrita, sempre fantástica!
Tinha saudades de ler.

Beijinho e um Feliz Natal, todos os dias...

4:03 da tarde  
Blogger Cleopatra murmurou...

Menino homem...
E o raio ds folha ds processos cheias de meninos, de homens, de lágrimas, de caminhos que levam a lado nenhum.

4:38 da tarde  

Enviar um comentário

:: INÍCIO :: O Murmúrio das Ondas ::


Air - Bach