dos escritos lúbricos numa noite quente de Abril
Naquela noite decidimos que faríamos amor. Os teus dedos percorriam-me os caminhos da pele abrasando-me o corpo. Percebi uma gota de suor que se esperguiçava pelo teu peito e o silêncio era a nossa casa. Sorriste e eu fechei os olhos. Não havia lençóis que suportassem a fúria dos membros e disseste-me que nunca o sexo entre nós seria igual. Que os suspiros que rasgaram o silêncio das oliveiras nunca mais se repeteriam e que a parede caiada de esperanças do lagar da Viúva do Gonçalves não voltaria a sentir o calor tépido do teu dorso. Que aquela noite no teu quarto seria uma só e que nunca mais os nossos corpos se cruzariam no teu colchão. Que estávamos condenados a nunca nos amarmos duas vezes no mesmo sítio e que por isso nos iríamos amando por aí fora, cumprindo os ditames dos que invejam a paixão e lhe impõem limites absurdos, porque vão além do coração (existe vida para lá do coração?). E que assim seguiríamos vivendo. Até não haver no mundo mais nenhum lugar onde nos pudéssemos amar.
(imagem: "After the bath", por Deidre Leber)
5 murmúrios:
Sempre existiu vida onde ainda não existia um coração. Sempre existirá vida, quando já não existir um coração.
Uma autêntica ode ao amor-desejo...
Lindo,,, aodrei,,obrigado
ela tem razão.
NUnca voltes ao lugar onde foste feliz. É uma regra de bom senso.
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