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segunda-feira, dezembro 11, 2006

Fazes-me falta


Fecho a porta do carro e caminho em direcção ao centro da vila. Ainda falta hora e meia para o julgamento. Frio. A pele arrepia-se. Os passos são rápidos. A areia comprime-se sob a sola dos sapatos. A entrada. A voz de Amália que se propaga lá de dentro. Um café e uma torrada, por favor. Olhares curiosos e uma mesa ao canto do café. Vistos os últimos pormenores do processo, olho para ele. Tiro-o da pasta. A hora que ainda falta chega para o terminar de ler.

"Depressa. A rapariga deixa os livros cair na estrada e o autocarro não terá tempo de travar antes que ela os apanhe. Depressa - lança-te sobre ela. Desta vez vais poder salvar alguém (...). Vem, não tenhas medo, lança-te sobre essa menina que te sorri como eu e salva-a. Estou à tua espera num sítio onde as palavras já não magoam, não ferem, não sobram nem faltam. Esse sítio existe." (Fazes-me Falta, Inês Pedrosa)

Arrepio. De letras. Fazem-me estremecer. Eu também espero. Achas que algum dia vais voltar? Não sei. Mas espero. Enquanto me levanto e sigo. Para mais um julgamento.

11 murmúrios:

Blogger Maria murmurou...

Todos esperamos.
Por algum dia
Por alguém.

Boa noite!

11:17 da tarde  
Blogger Urban Cat murmurou...

Já o li e é um dos livros que não consigo tirar da mesa-de-cabeceira.
Sinto muito do que li nesse livro...e também confesso que me faz falta.
Boa escolha ;)

11:44 da tarde  
Blogger MiaHari murmurou...

Muito bem concebido, este espaço.
Os textos enquadram-se na perfeição.
Muito bonito, gostei muito.
Um abraço.

12:41 da manhã  
Blogger Luís Galego murmurou...

Fazes-me falta é um livro de grande sensibilidade e que não segue os eternos clichés...é uma obra que nos roi por dentro, um pouco como o teu diário, as tuas notas soltas em vésperas de julgamento....

9:39 da manhã  
Blogger OLHAR VAGABUNDO murmurou...

eu espero sabendo que nao vou ver mais...
abraço vagabundo

2:02 da tarde  
Blogger Angela murmurou...

Não li o livro mas agora fiquei com curiosidade.

A passagem que transcreveste também me fez estremecer porque fala de um sítio em que evitamos pensar como um refúgio de paz e amor. É perturbante porque é a voz de quem partiu que chama por quem ficou, aliciando-o com promessas de tranquilidade...

Beijo grande.

2:43 da tarde  
Blogger Ana Prado murmurou...

Em nome da Terra, de Vergílio Ferreira e Fazes-me Falta, de Inês Pedrosa... dois dos livros que não consegui terminar por causa do arrepio das palavras... juntando a tudo isto as vozes da alma fica o vazio preenchido às portas de mais um amanhecer.

8:43 da tarde  
Blogger rascunhos murmurou...

Vou adicionar na lista dos que irei ler.Fiquei curiosa...a maneira como descreves e juntas os ingredientes ( reais/ficção) é interessante.Pelo menos fiquei com essa percepção que poderá estar errada.Mas isso também é completamente irrelevante, pois o que verdadeiramente interessa é o sentimento das tuas palavras.Gostei!

10:11 da manhã  
Anonymous Anónimo murmurou...

Fazes-me falta... porque?
Porque sim...
porque existo...
porque sinto...
porque respiro, suspiro, anseio...
fazes-me falta para acalmar a alma...
PAZ... fazes-me falta!
Abraço

12:11 da tarde  
Blogger Maria murmurou...

Sem dúvida uma excelente escolha, daquelas que até dão para te fazer esquecer o julgamento.

Beijinho

FF

1:47 da tarde  
Blogger Maria P. murmurou...

São sempre fantásticos os textos, tão profundos e tão suaves...mágicos!

Estou cansada de esperar,mas...há sempre um "mas", ainda estou à espera para "saltar" lembraste?:) "Salta".

Parabéns Luís esta tua forma de escrita é singulamente interessante.

Um beijinho.

10:32 da tarde  

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