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quarta-feira, novembro 29, 2006

Nessa jarra (tão longe)


Uma resposta tão simples. "Acho que nunca recebi flores." Sorrio e aproximo-me de ti. Simplicidade que me desarma. E beijo-te. A rosa repousa na jarra. Naquela sala. Em tua casa. Essa casa tão longe desta rua por onde agora desço. À minha direita a florista exibe uma mescla de cores e pétalas. Aromas. Para a próxima será uma tulipa. Será entregue entre beijos e repousará nessa mesma jarra onde em tempos repousou uma rosa branca. Onde agora repousam rosas vermelhas. Dessa jarra escutará a música suave que pões a tocar enquanto preparas o jantar. Escutará a tua voz meiga nas conversas diárias. Observar-te-á ao passares pelo corredor quando sais do banho. Enquanto secas o cabelo com a toalha. Na mais perfeita devoção há-de contemplar esses olhos claros. Meigos. Que repousarão nela quando lhe mudares água. Por enquanto a tulipa fica. No meio de tantas outras. Nesta florista no centro da cidade louca onde não há tempo para flores. Fica e aguarda. A altura em que há-de repousar nessa jarra. Nessa casa. Tão longe da rua que agora desço.

(Fotografia por Maria Salvador, em www.olhares.com)

24 murmúrios:

Blogger rascunhos murmurou...

É tudo tão lindo quando existe amor e paixão. Até uma simples jarra...

2:29 da tarde  
Blogger Unknown murmurou...

belo naco de "sentimentalismo piegas" (favor não entender como pejorativo). O homem que observa e recorda e planifica o amanhã - o grande tema do lirismo português

3:06 da tarde  
Blogger Unknown murmurou...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

3:06 da tarde  
Blogger Luís murmurou...

Serrano:

Li o teu comentário e concordo: este texto é lamechas. Contém rosas e jarras (parece aquela canção do José Malhoa). Porém será mantido aqui. Esse comentário (que, de acordo com as tuas indicações, não entenderei como pejorativo apesar de não lhe conseguir atribuir um sentido muito diferente) fez-me recordar o meu primeiro contacto com a poesia de Florbela Espanca. Li aquilo e pensei: "que sentimentalismo lamechas. Uma pieguice pegada. Se era para continuar a escrever isto, ainda bem que exagerou na dose dos barbitúricos!" E um dia, enquanto passeava por um olival ao final da tarde veio-me à recordação o início do "Se tu viesses ver-me hoje à tardinha..." e fez sentido. Naquele momento. Porque às vezes faz sentido. Este sentimentalismo lamechas.

Obrigado pela crítica e por, através dela, me ajudares a ser mais crítico.

Um abraço,

3:34 da tarde  
Blogger OLHAR VAGABUNDO murmurou...

sonhador...
abraço vagabundo

4:03 da tarde  
Blogger Ana Prado murmurou...

Não creio que se trate de "sentimentalismo piegas", mesmo que a tal expressão se consiga atribuir um outro sentido que não o pejorativo. Aliás, acho até que é por entendermos estas pequenas pérolas como sentimentalismos lamechas que andamos todos desencontrados. Vejo o texto como fruto de uma sensibilidade extrema. Se for autobiográfico, tanto melhor para o Luís.

8:13 da tarde  
Blogger Urban Cat murmurou...

A questão é mesmo essa...deverá haver sempre tempo para flores.

Adoro flores.
Pela sua cor, pelo seu perfume. Adoro receber flores, por recebe-las em meus braços, por recebe-las de quem as oferece.

A jarra...essa trago-a no peito.

Beijos Marta

12:05 da manhã  
Blogger Unknown murmurou...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

10:54 da manhã  
Blogger Unknown murmurou...

E quem não gosta de receber flores, eu por mais que releia, não vejo "sentimentalismo piegas" mas sim alguém que ama e que sente "necessidade" "vontade" de o dizer...

10:55 da manhã  
Blogger Luís Galego murmurou...

"Por enquanto a tulipa fica..."
enquanto fica vivamos esses instantes...uma vez mais um pedaço de escrita maravilhoso

11:17 da manhã  
Blogger Maria P. murmurou...

É perfeito!Parabéns Luís.

E a jarra, essa fica à espera da tulipa, tenho a certeza.

Bom fim de semana:)

12:00 da tarde  
Blogger Aluada murmurou...

A paixão anda no ar! :D

1:39 da tarde  
Blogger Angela murmurou...

Eu gostei muito do teu texto. Achei-o muito sensível e ternurento. Gostei de poder observar a passagem da rosa branca para as rosas vermelhas. E quanto à tulipa, é a minha flor preferida.

Já agora apetece-me fazer outro comentário. Porque o sentimentalismo haveria de ser piegas? Parece que falar de amor, de carinho, de ternura e sobretudo, de sentimentos correspondidos desagrada a certas pessoas...
Porque acham que só se deve falar do lado sombrio da vida? (Bem... eu hoje por acaso escrevi um poema que foca a dor... mas não faço disso o meu leitmotiv!) Eu acho (se calhar eu é que estou agora a fazer um julgamento pejorativo) que para muitos o desalento, o descontentamento, a desilusão, enfim, todos esses sentimentos que têm a ver com a dor são reveladores de mentes geniais...

Para mim é delicioso amar e ser amado! É tão bom quando nos sentimos felizes!

Luís lembras-te no teu último post dizeres que receavas que os deuses te castigassem? Recordas-te do que eu te disse?

Tenho dito. Apeteceu-me fazer este desabafo.

Beijo grande.

3:18 da tarde  
Anonymous Anónimo murmurou...

Acho que a flor pode representa a pessoa e a jarra a memória... há que estar presente, aparecer e guardar, refrescar as memórias...
gostei... nada lamechas mesmo, apenas poemas que relembram momentos, por vezes cheios de "entrelinhas" :)
Até :)

4:56 da tarde  
Blogger MiaHari murmurou...

..."Nesta florista no centro da cidade louca onde não hà tempo para flores.Fica e aguarda"...
Extraordinária imagem!
É cor, é vida nos espaços cinzentos e frenéticos onde se não tem tempo para parar..

Lindo texto, como se de um quadro se tratasse.
Um abraço.

5:34 da tarde  
Blogger MiaHari murmurou...

Pois é... é capaz de ser bem perto... até teria imensa graça!
Descubra o sítio que depois lhe direi, certo?

Um abraço.

11:48 da tarde  
Blogger Arauto da Ria murmurou...

Olá Luis!
O quanto eu gostava de ser "lamechas" com o sentimento e profundeza que tu demonstras.
O quanto eu adoraria ter a capacidade de pintar um quadro de amor com palavras simples e tão bem arrumadinhas, como tu o fazes.
Quantos não gostariam de viver e sentir,uma paixão que parece que trespassa, no momento em que estamos a ler
o teu post.
Como sempre gostei.
Parabens

1:31 da manhã  
Blogger Unknown murmurou...

Vamos lá a ver: ao contrário dos detractores da poesia confessionalista, eu até nem acho que textos piegas sejam maus. O unico inimigo da literatura é o lugar-comum. Por exemplo a Florbela Espanca ou o Botto estão longe de serem reabilitados por causa da sua pieguice (e até alghum primarismo na forma como escrevem), mas se forem lido cruzando a biografia, seremos obrigados a considerá-los POETAS e não poetas.

2:46 da tarde  
Blogger Maria murmurou...

Desde quando escrever o que nos vai na alma é lamechas?
Ainda mais quando é escrito de uma forma tão simples e tão bonita?

5:31 da tarde  
Blogger Maria murmurou...

Qual é o problema da "lamechice"?
Eu não acho o texto lamechas. É um texto sentido e com sentimento.
Obrigada Luis, vou dormir com mais um bombom no meu coração...

12:50 da manhã  
Blogger Salto Angel murmurou...

Passei para te dar um abraço e votos de uma boa semana!! ;-)

10:48 da tarde  
Blogger Unknown murmurou...

Os sentimentos são o que nos move, e sentimentos tão belos como estes que te movem a escrever ficam melhor ainda imortalizados nas palavras que tu tão bem sabes moldar.

10:13 da tarde  
Anonymous Anónimo murmurou...

Obrigado por Blog intiresny

11:41 da tarde  
Blogger Unknown murmurou...

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8:11 da manhã  

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