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sábado, maio 09, 2009

Entrecampos Areeiro


"Há sempre um halo fúnebre de um ouro cego sobre a cabeça do ser amado, pelo menos nos primeiros tempos, contava ela. É o medo que temos de que ele não olhe para nós, que nos abandone de súbito ou que simplesmente se esfume nos céus estrangeiros de onde veio. Os amados nunca são mortais como nós. São deuses, heróis mitológicos, ou, no mínimo, génios. Nunca devemos esquecernos disto quando lhes escrevemos. É preciso ter cuidado no manejo do grau comparativo do adjectivo, que jamais deverá utilizar-se em relação a outros seres humanos."


(Inês Pedrosa, in "A Instrução dos Amantes")



(imagem: "Canada geese landing in marsh", por Clarence Stewart)

4 murmúrios:

Blogger Lídia Borges murmurou...

A imagem é sublime, libertadora...

"Os amados nunca são mortais como nós. São deuses, heróis mitológicos, ou, no mínimo, génios."

É tão assim que os vemos!!!
No princípio...

2:03 da tarde  
Blogger Lídia Borges murmurou...

A imagem é sublime, libertadora...

"Os amados nunca são mortais como nós. São deuses, heróis mitológicos, ou, no mínimo, génios."

É tão assim que os vemos!!!
No princípio...

2:03 da tarde  
Blogger Lídia Borges murmurou...

Desculpe. Sem querer enviei duas vezes o meu comentário. Peço que elimine um.
Obrigada!

2:06 da tarde  
Anonymous Ana Prado murmurou...

Amigo, venho à pressa e só para te dizer que está um presente para ti em http://leituraemdiscussao.blogspot.com, um blogue de apoio aos meus alunos de Literatura. Assino lá com o meu nome real. Para que não me penses uma desconhecida. Um abraço

6:04 da tarde  

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