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sexta-feira, setembro 28, 2007

entardecer-me

Encostei o corpo matizado de agosto à parede branca e deixei-me ficar. Tinha uma caneta na mão e um bloco. Aquele que tem na capa um cartaz do "Fado e cigarros" que comprei naquela livrariazinha no Chiado, lembras-te? Lisboa tão longe... Com a caneta tentei escrever a alguém que se interessasse como passava os meus dias, como me encontrava. Lá em baixo o mar fazia-se estrondo e as gaivotas gritavam loucuras... cada segundo mais próximo do crepúsculo revelava um universo que explodia em carmim. Escrevi a paciência, a serenidade, a aventura e, por vezes a solidão. Depois escrevi a fúria dos ventos que empurrava as falésias e do mar que arrebatava rochas e areias. Escrevi a costa selvagem, enfurecida, dominada. E o entardecer escreveu-me homem. Escreveu-me o calor na pele e o aroma de sal no cabelo. Antes de adormecermos ambos na primeira noite do início do mundo.

11 murmúrios:

Blogger Maria murmurou...

Anoiteci-me aqui, hoje.

Um beijo, Luís

2:00 da manhã  
Blogger João Roque murmurou...

Amigo Luís
ha tempos ando para te falar nisto, mas não sei como, sem estar a violar um teu legítimo desejo de "separação de águas"; mas como é possível, e é-o de uma forma brilhante, um tal desdobramento de personalidade, na forma, não no conteúdo, das palavras que escreves, aqui ou em qualquer outro lugar?
É magnifico, acredita, para alguém de fora, observar isso.
Abraço amigo.

6:46 da tarde  
Blogger Maria P. murmurou...

"E o entardecer escreveu-me homem" é das frases mais belas que se podem sentir!

Parabéns Luís! Queria-te dizer mais, mas não sei...

Beijinhos*

4:32 da tarde  
Blogger Cleopatra murmurou...

Este teu poema foi nomeado para caneta de ouro.
BDIA!

8:33 da manhã  
Blogger rascunhos murmurou...

Penso que já te disse em tempos, mas volto a fazê-lo agora: se um dia publicares tudo isto que sentes e tão bem nos transmites, diz-me ok.

... com o que escreves, dou comigo a pensar como é possivel dizeres tanto com tão poucas palavras...

um beijo

3:36 da tarde  
Blogger Ka murmurou...

Palavras fantásticas Luis...
Sabes que apesar de saber que só passas por aqui de vez em quando passo pro cá quase todos os dias na esperança de ler mais um destes teus textos maravilhosos.

Para quando um livro?

Beijinh e boa semana

11:16 da tarde  
Blogger Maria Carvalhosa murmurou...

Belo, como sempre. Final absolutamente divino.

Beijos, Luís.

4:23 da tarde  
Blogger mafalda murmurou...

Olá Luis,
Forte, desabrido, arrepiante. Terno, doce, quente.
Tudo isso aqui encontro. E muito mais poderia encontrar se não estivesse, a exemplo teu, em economia de palavras.

Abraço forte e terno.

9:24 da tarde  
Blogger Urban Cat murmurou...

Lindo!
Um beijo grande para ti Luis.

12:16 da tarde  
Blogger Cleopatra murmurou...

"Com a caneta tentei escrever a alguém que se interessasse como passava os meus dias, como me encontrava."

Voltei para reler e reler e reler ...como tantas vezes venho e volto, e volto, e volto...

10:33 da tarde  
Blogger Luís Galego murmurou...

Depois escrevi a fúria dos ventos que empurrava as falésias e do mar que arrebatava rochas e areias...

hoje perdi-me por estas areias (juridicas)e ainda bem...

5:30 da tarde  

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