<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d31896494\x26blogName\x3dO+Murm%C3%BArio+das+Ondas\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://luisgrodrigues.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://luisgrodrigues.blogspot.com/\x26vt\x3d6077318278056400174', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

terça-feira, março 06, 2007

Perdidos & Achados (?)


Perdido e sem nenhum balcão de perdidos e achados onde me encostar. Deixei-te no hospital onde passas as noites sozinha e os dias em exames e análises. Filho impotente, resta-me compensar a ausência da capacidade para te curar com uns chocolates, bolachas ou fruta, entregues no período das visitas. Sim, porque os hospitais estabelecem uma hora em que é permitido a um filho abraçar a mãe. Perdido e sem nenhum balcão de perdidos e achados onde me encostar conduzo até tua casa onde te dou notícias da minha mãe. Entre dois golos de café, como quem conta o resumo de um jogo ou o resultado de um julgamento. Presença que se veste de ausência olhas para mim e procuras-me o abraço. E eu, perdido e não achado, já não to sei dar. Encosto-me e encerro o olhar na esperança do descanso. Ele terá que vir e restaurar-me as forças. Amanhã volto a levantar-me. Carregarei, uma vez mais, os baldes a transbordar de água para regar esta terra onde a erva teima em não medrar.


(Fotografia: "O poço da claridade", de Raul Lourenço)

5 murmúrios:

Blogger Maria murmurou...

"... perdido e não achado, já não te sei dar o abraço..."

Muito sentido e muito intenso todo o teu texto, Luís.
A água que carregas servirá, no final, para alimentares toda essa ternura que há em ti.

Beijos

12:22 da tarde  
Blogger rascunhos murmurou...

Bela mensagem do mais puro e fiel amor que existe.As palavras escolhidas são, como sempre, muito intensas.

bj

8:54 da manhã  
Blogger Angela murmurou...

A maneira como escreves revela o quão sentida é a tristeza, a dor, o sentimento de impotência...

A tua escrita é incisiva e forte.

Não sei se tem a ver com a tua realidade mas, caso tenho, só posso desejar que tudo melhore.

Um beijinho grande.

12:43 da tarde  
Blogger Maria Carvalhosa murmurou...

Este comentário foi removido pelo autor.

6:48 da tarde  
Blogger Maria Carvalhosa murmurou...

Comovente cântico desesperado de alguém que sente impotência perante a implacável crueldade da dor. O resto... (perdoa-me se pareço estar a relativizar)são efeitos colaterais.

Abraço amigo.

6:50 da tarde  

Enviar um comentário

:: INÍCIO :: O Murmúrio das Ondas ::


Air - Bach