O (des)dobrar do ser
Tenho medo. Não há ritmo, corpo ou beijo que mo tire. Os dias seguem-se e é suposto eu dizer se quero que eles sigam junto a ti. Há dois anos atrás dobraram-me a vida e arrumaram-na numa arca de madeira tosca onde ela foi sofrendo o desgaste do tempo e da humidade. Então, numa tarde de sol, abri a janela das águas-furtadas e senti o apelo vindo das bandas do mar. Descerrei a arca e desdobrei aquela vida amarrotada. Estendi-a ao sol, onde as pétalas soltas das tardes loucas de primavera a iam beijar, bailando ao compasso de uma brisa morna. E isto era tudo. Eu e a vida. Até que apareceste tu e eu já não sei.
16 murmúrios:
É intensa a tua escrita, tu sabes.
Este quadro de vida é tão real, demasiado....
... e sabemos da vida. Até que alguém aparece....
... e tu (nós) já não sabes....
Abraço-te
Lindíssimas estas palavras....
Aproveita a vida Luís pois nada acontece por acaso :)
Beijinho e uma excelente semana
Lindooooooo
Todos nós deviamos, de vez enquanto, parar para "desdobrar a vida amarrotada", por menos "vincos" que ela possa ter...
é aproveitar enquanto o sol brilha,
abraço
Se tens medo...não sigas.
Não vás desistir de seguir..........
bela combinação entre o texto e foto...
Belo o teu murmúrio.
Tempos de nostalgia. Outonos adiados. Queda das folhas na ascensão das tuas palavras.
Conheço esse medo...
Beijinho
Maria
simplesmente...soberbo!
bj
abraço vagabundo amigo...
Ou segue. O ser humano tem uma capacidade de regeneração terrível Ou será capacidade de esquecer?
Deixo um beijo doce...como o teu pensamento.
:)
A mim dobraram-me o ser e ainda lá está, dobrado, dentro de um enorme baú...a envelhecer.
Este comentário foi removido pelo autor.
Aplauso.
De pé.
Pelo dizer emoções com esta fluidez de rio com memórias de mar... pela imensidão do sentir.
...
Vou voltar.
Deixo um sorriso.
Ni*
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