quotidiana mente
Olhavam e não percebiam...
E eles lá iam, construindo amor entre as prateleiras das mercearias, a escova do cabelo arrumada na gaveta e o balde com água quente e detergente para lavar o chão. Era um amor bonito, que tinha a sonoridade de um bocejo ao abrir a cama e o aroma do refogado para os bifes do jantar.
Olhavam e não percebiam...
Não viam que o amor se faz e não se fala. Que ambos os copos se enchiam de um tinto maduro e que a cadela se aninhava a seus pés. Que o amor se fazia entre camisas, saias ou gravatas, vaporizado pelo ferro de engomar e pela ternura de um corpo entregue ao abraço de sempre, mas sempre tão especial.
Olhavam na esperança de perceber...
(imagem: "After making love", Britto)
4 murmúrios:
Vão aprender. Com o tempo....
... provavel mente será um tempo outro....
Um beijo, Luís
um dia irão perceber, que criaram o verdadeiro amor, no quotidiano de uma vida a dois...
Talvez leve o seu tempo...mas chegará sem dúvida alguma.
Beijo doce.
o amor constrói-se tb assim com pequenas coisas ...
um beijo
Enviar um comentário
:: INÃCIO :: O Murmúrio das Ondas ::