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terça-feira, outubro 03, 2006

Pari-me... e chovia

A minha sombra oscila sob as luzes dos candeeiros. O corpo veste-se dos faróis dos carros. Das luzes das lojas. Dos hotéis. Cheira a alcatrão molhado. Chuviscos. O cheiro da chuva na pedra. Os carros que passam. Afasto-me. Já só se ouve o eco dos meus passos. A alameda do tribunal. E ninguém à volta. Ninguém. Só eu. E o cheiro da chuva que se deita no passeio. Que me seduz. Que se esfrega no meu rosto. Rameira. O cheiro fértil. Sou eu e a cidade. Sós. As luzes. Mais ninguém. O céu negro. E eu. Renovo-me na chuva. No meio da estrada deserta. Atiro a pasta. Abro os braços. E grito. Renovado. Grito a dor do passado. A plenitude do presente. A incerteza do futuro. Grito a paz que anseio. Liberto-me. Podia dizer que me liberto de ti. Do trabalho. Do cansaço. Não. Liberto-me de mim. E liberto de mim nasço. Grito. Dói. Mas liberto-me. Neste novo parto.

(Photo by Luís Rodrigues)

15 murmúrios:

Blogger Maria P. murmurou...

Consegui sentir a dor...mas a chuva aliviou...mesmo rameira.

Fabuloso.

beijo de chuva, em Maio também chove:)

11:50 da tarde  
Blogger Unknown murmurou...

Quando não há palavras para se dizer, o que se sente ao ler o que escreves, nada melhor que o silêncio.........................
Abraço

10:16 da manhã  
Blogger Pé de Salsa murmurou...

Luís...
Este teu texto está simplesmente espectacular pois embora escrevas em prosa, cada palavra que utilizas é poesia pura.

Já te tinha dito mas repito: pensas compilar num livro estes teus textos?
Faz isso Luís porque escreves e descreves as situações e os sentimentos, mesmo que momentâneos, muitíssimo bem. Olha, não tenho palavras para comentar este teu bocado de ti e em especial este final "Liberto-me de mim. E liberto de mim nasço."
Grito. Dói. Mas liberto-me. Neste novo parto."

Lindo!

3:49 da tarde  
Blogger Angela murmurou...

E eu k detesto chuva, ao ler o teu texto tão poético, consigo sentir a sua magia.

Muito bonito e muito intenso!

Beijinhos.

4:09 da tarde  
Blogger OLHAR VAGABUNDO murmurou...

mágico o texto...
abraço vagabundo

5:32 da tarde  
Blogger Luís murmurou...

Um abraço bloguístico a todos :)

Pé de Salsa: sinceramente nunca pensei em publicar estes textos. Considero a qualidade deles questionável. São meros desabafos. E também não sei se me apetece embarcar na odisseia dos direitos de autor, editoras e afins... Por enquanto são meros murmúrios que ficam. Aqui.

Obrigado

6:31 da tarde  
Blogger MEU DOCE AMOR murmurou...

Luis...bonito texto,em que retratas a tua libertação.Que bom,uma pessoa sentir-se assim.Fico feliz!
O presente deve-te sorrir.a plenitude,como lhe chamas.A tua hitória é passado(forma de aprendizagem)é presente(colherás frutos)é futuro(incerteza...é sempre)que depende do presente.O que semeares agora colherás no futuro.Se as sementes forem viçosas ,o futuro será viçoso.

Grande beijinho doce
Doceando:))

Obrigada pela tua presença.

8:30 da tarde  
Blogger Mocho_ao_Luar murmurou...

Compreendo. A chuva tem mesmo este efeito em nós! o nascimento, a vida...sinto mesmo (bem, não da forma soberba como descreves).
Grande texto!!! abraço

9:14 da tarde  
Blogger Unknown murmurou...

Atrai-me esse estilo sincopado...

daniel sant'iago

10:09 da tarde  
Blogger MiaHari murmurou...

Foi o feliz reencontro!
E alma tornou-se leve!

Um abraço, Luis.

12:22 da manhã  
Blogger Maria Carvalhosa murmurou...

Olá Luís,
que formidável a tua escrita! Apetece continuar a ler e a seguir o teu percurso mental e emocional, como se num carrossel, com o bolso cheio de fichas para ter a certeza de que não se perde uma única volta.
Beijo.

12:35 da manhã  
Anonymous Anónimo murmurou...

Preciso de palavras que me façam sentir e viver cada letra!
Preciso de textos que me façam sonhar!

Poderia simplesmente dizer... BELO!

Obrigado por estes momentos de prazer!

Abraço

4:38 da tarde  
Blogger Arauto da Ria murmurou...

Luis!Confesso que depois de ler o texto fiquei a murmurar de espanto e admiração por ti e dei comigo a lamentar o final da chuva que detesto.
Liinnddoo!

6:23 da tarde  
Anonymous Anónimo murmurou...

De vez em quando é preciso parirmo-nos. purifica.

9:01 da tarde  
Blogger Unknown murmurou...

Fantásticas palavras, ou deverei dizer mumúrios, que aqui nos deixaste. Senti a chuva a escorrer pela cara ao ler as tuas palavras.

9:58 da tarde  

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