Aprendi


uma personagem lutadora. Solitária. Que partilha o mesmo sonho connosco. Ser feliz. Das alegações, ora cómicas, ora dramáticas, na sala de audiências aos passeios solitários à noite pelas ruas de Boston ia uma fracção de segundo. E eu pensava. Pensava que esta ficção tão viciante estava demasiado distante da realidade. Mas não deixava de me se sentir cativado por esta personagem tão frágil (no meu intímo pensava: "se o personagem principal fosse um homem com toda a certeza não transmitira esta ideia de fragilidade"). E agora vejo. Olho-me. A ficção fez-se realidade. A minha realidade. Repleta de casos irreais. Caricatos. Cómicos. Aprendi que a nossa vida pode ser, também ela, uma sitcom. Somos personagens e espectadores. Só não existe um guião. O episódio seguinte é sempre uma incógnita. Mais importante. Aprendi que se o personagem principal daquela série fosse homem... bem, também ele passearia sozinho à noite pelas ruas de Lisboa (perdão, de Boston). Aprendi. Afinal um homem também é frágil.
4 murmúrios:
Oi Luis,
Reparou em quantos filmes, programas, ou series, nos identificamos? Ha sempre pedacos que mostram a nossa propria vida.
Mesmo o humor, mostra um lado engracado do nosso "ser".
Pedacos de nossa propria vida.
Bjs
MARY
O homem é frágil
todos somos frágeis e ninguém gosta de mostra a sua fragilidade.
o guião existe, apenas tu não sabes o caminho pois é desconhecido,
mas
sabes que conforme o que escolheres o guião vai ter uma direcção,
então escolhe tu e toma conta do leme,
escolhe a direcção e segue em direcção, o guião é esse o sentido que irá ter
...
:)
Claro que sim Luís. Os homens também choram. E pobre daquele que não chora pois tem de ser muito infeliz!
Mais um belo texto a relatar a realidade que muitos não querem aceitar.
Bjs
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios, por isso, canta, ri, dança e VIVE intensamente, antes que as suas cortinas se fechem e a peça termine sem aplausos..."
Charlie Chaplin
Enviar um comentário
:: INÃCIO :: O Murmúrio das Ondas ::