Todo
Chama-me louco. Ou obcecado ou desiquilibrado. Que eu continuo. Tropeço entre dúvidas, carícias, telefonemas interrompidos ou beijos que rasgam a carne. E trepo e escavo os socalcos da vida. Semeio e rego. E trato as cepas. Entre dias em que a alegria jorra pelos campos fora. Ou em que o desespero arranca raízes com as unhas em sangue. Faço. Construo. Porque o amor não é sereno. É irregular e inconstante. Mas tão doce e eu quero servir-to. Todo. Sempre.