conspiração
E foi assim que cheguei a casa. Sorridente. Sacudo os pedaços de lua ainda presos no cabelo e tiro o casaco. Dispo-me num ápice para mergulhar na massa de lençóis, almofadas e mantas. Sozinho. Deito-me. Arremesso um sorriso imenso ao tecto e abro os braços. Tenho uma força capaz de conter e reter o mundo. A casa segreda-me histórias do anoitecer e eu aprendo o que foi, o que é. E o que há-de ser. Esta noite os sonhos são todos meus.
(imagem: "Peter Pretelli", Isaac Mendez)