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terça-feira, junho 19, 2007

Cem murmúrios depois

Obrigado pela companhia ao longo destes 100 posts. Um obrigado especial à Ana Prado e à Cristina.


Os ventos secos do tempo ceifaram-lhe as penas da alma. Lá longe ceifeiras cantavam e ao som do seu choro distante a cinza fez-se papoilas rubras. Alegrias intensas de uma fragilidade que ninguém adivinha. O sol vestiu-lhe o ser de oiro e o sorriso surgiu a medo. As pernas ergueram-se determinadas e os braços rasgaram o ar. Abraçaram o mundo e esqueceram os dias em que se enrolavam num colo que segurasse os estilhaços do que ele fora. Agora passa por ti tão distante. E tão solto. Passeia sonhos de água fresca pelo meio da planíce seca. Dizem que veio cá ter vindo de uma praia distante. Que nessa praia a espuma lhe lavou as feridas e as ondas lhe murmuraram caminhos de felicidade. Teve medo de partir mas nunca duvidou que acabaria por o fazer. Que semearia grãos de dor e que deles brotaria vida. Escutou cada murmúrio até ganhar coragem. Diz-se que ainda hoje os escuta. Cem murmúrios depois.
(fotografia por J. Ribas, vista de S. Bartolomeu do Outeiro, 2006)

domingo, junho 17, 2007

Acorrentado

O "murmúrio das ondas" foi acorrentado pela amiga rascunhos e, numa tentativa de responder ao desafio, exibe a lista dos últimos 5 livros lidos.

Pois bem, os 5 livros que me ocuparam a cabeceira nos últimos tempos foram:

- "Olhos de Cão Azul", de Gabriel García Marquez;
- "Quando Nietzche Chorou", de Irvin D. Yalon;
- "Allegro Ma Non Troppo", de Carlo Cipolla;
- "A Fórmula de Deus", de José Rodrigues dos Santos;
- "O General no seu labirinto", de Gabriel García Marquez (que ainda estou a ler)

segunda-feira, junho 11, 2007

de novo


Entrei no carro com apreensão. Entrar naquele carro era assumir que Londres tinha terminado e que agora só havia Lisboa. Uma Lisboa num escritório novo repleto de caras desconhecidas. Uma Lisboa que já não era mais a presença amiga daqueles que me acompanharam os primeiros passos em tribunal. Entrei na cidade percorrendo ruas e avenidas de forma automática enquanto aqueles dois momentos me ocupavam o pensamento. O primeiro, ainda em Lisboa, quando coloquei o último processo no último caixote, fechei a janela por onde havia escutado a lua ao longo de tantas noites solitárias e apaguei a luz. Quando fechei a porta e o coração se comprimiu com toda a intensidade, espremendo algumas gotas de sal. O segundo, já em Londres, quando ia ao teu encontro e parei ver o Tamisa que se vestia de luz... A mesma luz que me acompanha agora quando, depois de estacionar e descer a rua, entro pela porta do novo escritório decidido a abraçar o mundo.


(fotografia por Luís Rodrigues, Londres, 2007)

Air - Bach